Você aprecia o sabor do café? Feito de maneira artesanal com coador e água aquecida no fogão a lenha ou preparado na modernidade das máquinas que produzem o café espresso ou expresso.
Grafia espresso ou expresso
Antes de mais nada, qualquer grafia é correta, a duplicidade na maneira de escrever revela quanto o café é um produto da terra brasileira, tanto como tem suas implicações com o além-fronteiras.
A começar pela ortografia, a palavra espresso – relacionada a espremer – tem origem italiana, berço natal desse tipo de bebida, porém na sua adaptação ao vernáculo da língua portuguesa, tornou-se expresso, relativo à velocidade – o café rápido!
A controvérsia do café
O controverso da palavra, por sua vez, revela outras peculiaridades típicas da nossa história cafeeira. Produzimos bastante café e adversamente, a Itália, um país europeu, cultivador de oliveiras, foi o inventor da máquina de aperfeiçoamento de um dos nossos maiores produtos de exportação.
Mas, isto não é um fato novo, quando começamos a produzir açúcar no século XVII, o maior distribuidor no mercado mundial era a Holanda! E nos dias atuais, o café figurando como item de relevância nas exportações brasileiras, é negociado praticamente in natura, deixando o lucrativo comércio do café com mais qualidade, no circuito da Europa, nas mãos da Alemanha.
Sempre enfatizando o ir além de nossas fronteiras, se o café cruzou o Oceano Atlântico, no sentido inverso, o africano foi obrigado a abandonar a sua terra natal, e como escravo cultivar as primeiras mudas pelos anos 1830, no vale do Paraíba, Rio de Janeiro.
Consequência do esgotamento das terras, a cultura cafeeira prosseguiu em direção ao interior de São Paulo para se tornar a glória da economia do Império. Para sustentar as plantações no oeste paulista na segunda metade do século XIX, fugindo da fome e da miséria, o imigrante europeu, vindo do além-fronteiras, teve de suportar enorme sofrimento para levar adiante a lucrativa cultura cafeeira.
Café fruto proibido
E o controverso café, orgulho nacional, hoje é apreciado em qualquer parte do Brasil religioso, pátria do cristianismo e da fé intensa no Criador. Mas você leitor e apreciador do nosso cafezinho, mal sabe de outro fato polêmico. O cultivo do café teve inicio nos países árabes, o café arábico, e até o século XVI era considerado um fruto maometano e proibido.
Se algum personagem do mundo ocidental provasse do cafezinho seria considerado um pecador e excomungado pela Igreja. Mundo dos espertos, os comerciantes, depois de manobras bem planejadas, conseguiram que o Papa Clemente VIII provasse do liquido pecaminoso.
Depois de uma receosa experimentada, estalou a língua e comentou: uma delicia! Após o ato sagrado da permissão, o cultivo do café propagou-se no mundo ocidental, e o costume de consumir a bebida negra expandiu-se pela Europa.
A cultura do café agradece ao Papa
Portanto leitor, dentro de uma história tão controversa, caso não existisse o ato benevolente do Papa Clemente VIII, você seria considerado um grande pecador!
Sendo assim, na contemporaneidade, não esquecendo o contraditório, haja perdão católico para se deleitar com o prazer de beber o nosso cafezinho!
Quer saber mais, não deixe de conferir a origem do café e suas peculiaridades.
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