Do pequeno grão cru e verde ao líquido escuro que chega à sua xícara, o café passa por diversos processos para se tornar a bebida saborosa que conhecemos. Depois de colhidos, os grãos são torrados, moídos e embalados e então preparados com a ajuda de máquinas e equipamentos.
O resultado final é o café, uma das bebidas mais consumidas no mundo inteiro. Uma simples xícara contém em sua composição, dentre outros, aminoácidos, sais minerais e cafeína — esta última presente em uma quantidade que varia de 40-75 mg (no café expresso) e 65-165 mg (no coado de 240 ml).
Mas existe uma variedade da bebida com uma quantidade ainda menor de cafeína e que tem despertado a curiosidade dos consumidores ao longo dos anos: o café descafeinado. Porém, ao contrário do que se imagina, ele não é totalmente livre de cafeína, e o seu sabor não é exatamente o mesmo do café tradicional.
Quer descobrir como o café descafeinado é feito? Nós te contamos:
O que é a cafeína?
A substância responsável pelo efeito estimulante do café é a cafeína, um composto químico que é rapidamente absorvido pelo organismo. Em cerca de poucos minutos a cafeína é metabolizada e já começa a apresentar efeitos, como:
- diminuição do cansaço físico e da fadiga;
- melhora da concentração;
- aceleração o metabolismo;
- melhora da digestão;
- aumento da produção de dopamina, responsável pela sensação de bem-estar;
A cafeína também pode ser encontrada em refrigerantes, no chocolate e em alguns tipos de chá. Em quantidades moderadas, a substância não traz nenhum prejuízo à saúde. Nos grãos de café, sua concentração varia de acordo com a espécie:
- nos grãos Robusta fica entre 1,7 a 4,5%;
- nos grãos Arábica chega a, no máximo, 1,4%.
Como o café descafeinado é feito?
A bebida tradicional contém uma grande quantidade de compostos químicos (entre 800 e 1500), responsáveis por todas as suas características: sabor, aroma e coloração. Isso torna o processo de retirada da cafeína trabalhoso e desafiador.
Para receber a classificação de “descafeinado”, o café deve conter no mínimo 97% menos cafeína que a variedade tradicional. Assim, a bebida teria cerca de 1 a 3% da substância comparado a sua quantidade original.
Uma das primeiras técnicas, inventada por Ludwig Roselius em 1903, utilizava o cloreto de metileno para dissolver a cafeína e preservar o sabor do café. Porém, a descoberta de que essa substância tem potencial cancerígeno tornou seu uso inviável.
Atualmente, existem outras técnicas capazes de descafeinar a bebida:
Método do gás carbônico
Aqui, as moléculas de cafeína são atraídas pelo gás carbônico e podem ser removidas sem afetar muito os demais componentes. Apesar de eficiente, a técnica exige um investimento alto.
Solvente
A cafeína é removida do café com a ajuda de um solvente. O acetato de etila e o cloreto de metileno são os mais utilizados. Esses solventes não removem somente a cafeína, logo acabam atrapalhando outros atributos do café.
Lavagem dos grãos
O grão é colocado na água, juntamente com um extrato do café (sem cafeína). Por diferença de concentração a cafeína se separa do grão. Este método além de ser livre de produtos químicos, também preserva melhor os sabores naturais do café.
Todos os processos para retirada da cafeína afetam, em maior ou menor intensidade, o sabor da bebida, mas oferecem mais uma alternativa para os amantes do café — quem aprecia uma xícara após o jantar, por exemplo, não precisa se preocupar com a insônia.
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